19 maio 2013

Autoridade ou Suntuosidade

Pr. Josemar Marcílio Rodrigues
josemar@thekingsnet.org

Ao olhar para as estruturas que incorporam muitos ministérios eclesiásticos contemporâneos, fico imaginando o quão mais distante elas poderão ainda ficar da Palavra da Verdade. Os púlpitos se tornaram lugar de glória e esplendor ao pregador e não mais ao Criador. Teologia de auto-ajuda no lugar da Verdade que liberta e transforma o homem. Sermões que atingem as emoções e não o coração. Aplaudimos, exaltamos e até padronizamos tais ministérios, pois afinal de contas, seus crescimentos são evidentes e de proporções gigantescas. Aparências nada mais. Será que foi para isso que fomos chamados?


Quando Golias desafiava o poderoso exército de Israel, não houve quem, dentre os valentes daquele exército, que se apresentasse. Até mesmo o grande rei Saul, que fora um guerreiro magnífico e que possuía uma armadura impressionante, silenciou-se. Apesar de toda ostentação, Saul já não tinha mais Autoridade do Senhor em sua vida e nem a cobertura do profeta Samuel para direcionar e proteger a nação. Na verdade a unção de Deus já havia se retirado de seu chamado e, pior, não estava mais nem em sua vida. 


Em contrapartida à postura de Saul, o jovem Davi não tinha sequer uma armadura de guerra para ostentar e nada que pudesse ser atraído aos olhos naturais daqueles homens. Entretanto, ele possuía no Senhor unção, cobertura e um histórico de conquistas em batalhas secretas testemunhadas somente pelo Senhor. 

Saul vivia em suntuosidade. Davi vivia em autoridade. 

Um dia a máscara do suntuoso cairá e o que lhe restará será o opróbrio. Um dia a autoridade será revelada pela verdade e o nome do Senhor será engrandecido na vida daquele que a possui.

Não permita que seu caráter navegue em águas suntuosas, que afluem para abismos desconhecidos e devoradores de ministérios, e navegue, sim nas águas do Espírito, onde a Glória e a Honra será Dele e para Ele, o Autor e Consumador da nossa fé. 

É necessário que Ele cresça e eu diminua (Jo 3:30).


O que realmente tem valor não é quem aparentamos no exterior de nosso ser, e sim quem somos em nosso interior. 

O homem natural olha para a aparência, Deus, todavia, vê o coração (I SM 16:7). 

Muito embora diante das pessoas possamos ocultar nossa essência real, nunca conseguiremos o mesmo êxito diante de nós mesmos e muito menos diante do Senhor.


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