Quando os pastores se sentem presos em uma armadilha

Por Gordon Atkinson

O que acontece quando os pastores se sentem presos em suas igrejas? Eu quero trazer alguma coisa, que as pessoas nas igrejas não falam com muita frequência. 

Porque nós não falamos sobre isso? Eu não sei. Talvez por muitos motivos.

Eu suspeito que a maior razão é porque falar sobre isso, nos obriga a dar um olhar mais honesto nas vidas dos nossos ministros. 

E eu não tenho certeza se queremos fazer isso. 

Os ministros da Igreja fazem mais do que dar estudos bíblicos, e os serviços de adoração. Eles fazem mais do que executar as partes administrativas da igreja.

Os nossos ministros representam um estado idealizado de espiritualidade que queremos acreditar que é possível para qualquer um. Mas talvez nós mesmos não tenhamos alcançado esse estado nós, mas gostamos de pensar que o pastor John e o Apostolo Tony já tenham chegado à Terra Prometida. E talvez nos possam levar lá.

Portanto, qualquer coisa que nos faz lembrar da humanidade básica dos nossos ministros pode ser desconfortável.

Aqui está a coisa que nós não falamos sobre: ​​Existem milhares de ministros por aí que já não desejam mais ser ministros.

Eles não querem mais trabalhar nas igrejas.

Eles não querem mais fazer isso.

Mas eles não sabem como sair.

Eles não têm para onde ir.

Eles não sabem o que fazer.

Sim, eu disse milhares. 

Eu pensei sobre isso. Centenas é um número muito baixo. É milhares de pessoas. 

Milhares de ministros trabalhando em igrejas e desejando poder sair. É muito comum.

Eu sei disso porque eu era um ministro. Eu cheguei ao ponto de querer ir embora. E eu não estava sozinho. Talvez você queira saber por quê.

Por que eles não querem trabalhar para a sua igreja mais? Ou é COM a sua igreja? Ou talvez EM sua igreja?

Qual preposição que você escolheria?

Muitas razões. Alguns ministros tornam-se desiludidos com o lado comercial da igreja. No seminário foi tudo teologia e ideologia. Então você chega na igreja com a nossa cultura do século 21 e descobre que a congregação está realmente à procura de um empreendedor, alguém que possa fazer crescer a congregação como um negócio de sucesso.

Alguns ministros não são muito polidos e brilhantes. Eles não são pregadores empolgantes. Eles não brilham quando lideram um estudo bíblico. Eles não são realmente aceitos ou desejados, e acabam trabalhando em um pequeno canto do mundo por um salário que era bom nos seus 20, mas não tão bom nos seus 40, e com um casal de filhos querendo ir para a faculdade.

Alguns perdem a fé na mensagem central da sua denominação ou tradição. Eles não perdem a fé em Deus, mas não podem ser mais um bom batista ou luterano. Alguns simplesmente perdem a fé por completo. Algo sobre a mensagem desgasta, e o que um dia ele usava para sustentá-lo, é agora apenas um monte de palavras. Alguns esgotam. Alguns queimam. Alguns ficam deprimidos por uma razão ou outra.

Realmente, tudo o que o impede de ser um líder de torcida e entusiasta pela causa do Evangelho nas manhãs de domingo é um problema. Porque eles querem deixar é uma pergunta interessante. Mas a verdadeira questão, o que nós precisamos falar é sobre a forma como eles lidam, se eles não podem ir a qualquer lugar. E se eles não têm outras habilidades de mercado, estão se aproximando da meia-idade, estão em dívida, tal como o resto de nós, e simplesmente não têm qualquer boas opções de emprego.

E então?

Porque este não é um trabalho que você pode se sentir bem em fingir que está bem, certo? É uma coisa manter o seu emprego como vendedor de imóveis durante alguns anos, enquanto você descobre qual será o seu próximo passo.

É outra coisa continuar pregando a Palavra de Deus nas manhãs de domingo, quando você não quer estar lá. O primeiro é aceitável e até admirável. O segundo é insincero e detestável. Então, como os ministros lidam com essa questão?